segunda-feira, novembro 29, 2010

Valor de vida/vegetarianos

Ora então um post prometido aos leitores já a um tempo atrás.
 Parece me a mim, que existe alguma dificuldade em estabelecer hoje em dia um correcto valor de vida, mas vejo também que já há mais pessoas a preocuparem-se com estes assuntos, apesar de que as vezes a motivação inicial me parece um pouco duvidosa. Cada vez há mais vegetarianos, o que eu acho e quero frisar desde o inicio do post, que esse facto por si só já é positivo. Mas vamos então analisar um pouco detalhadamente o que envolve de conteúdo reflectido "ser vegetariano".

 Existe vários tipos de vegetarianos:
-Aquele que é vegetariano por ser moda, ou por os amigos também serem, este tipo apenas serve para contagem de numeros.
-Aquele que só não come carne, mas como tudo o resto, peixe, ovos, leite + vegetais e tudo o resto para alem de carne. Este tipo apenas dá valor de vida a animais que produzem carne. menosprezando o valor de vida de tudo o resto.
-Aquele que não come carne nem peixe, e como tudo o resto. Apenas dá o valor de vida aos seres vivos que produzem carne e peixe.
-Aqueles que não comem carne nem peixe nem derivados dos mesmos. Comem tudo o resto. O valor de vida que atribuem é o mesmo do anterior mas um pouco mais extremista
-Aqueles que comem Verduras apenas que a natureza dá, sem ter que colocar um fim a vida de qualquer tipo de ser vivo. Estes dão valor de vida igual a todos os ser vivos a face deste planeta.

Analisando agora um pouco os valores de vida, diferentes dados aos seres vivos deste planeta. De qualquer exemplo que dou é claro que o valor de vida dado a um ser vivo que produz carne é superior a qualquer outro animal. Bem compreendo e aceito isso, apesar que uma vida é uma vida, e é tão mau acabar com a vida de uma planta como de um animal, porque ambos são dotados com vida. Argumento que é usado é (mas o animal tem dor, a planta não) bem isto é verdade, mas com dor ou sem dor, estamos a colocar um fim a uma vida... e se injectássemos o animal com um anestésico??? Seria tão mau acabar com a vida de uma planta como a vida de um animal? Bem ainda temos mais um ponto para analisar, pessoas que não comem animais mas sim vegetais porque acham que não se deve acabar com a vida de animais, por vezes essas pessoas esquecem-se do que são animais, pois por vezes não hesitamos matar uma mosca, uma barata. compramos fruta no supermercado que leva insecticidas, matam insectos por vezes pássaros, envenenam solos que reduzem a agua potável, leva a extinção de espécies, e mais alguns problemas associados. Bem que tiver a ler isto até aqui, pensará (ok, todos esses problemas existem, qual é a solução)

A solução infelizmente está longe, a solução como toda a gente sabe é viver mais em harmonia com a natureza, respeita-la como ela nos respeita a nos, tentar dar de bom o que de bom ela nos dá a nos. Desde de sempre o homem se alimentou da natureza e de momento o homem está a destruir o que de mais é importante para ele e não existe maneira de parar. Mas como tudo neste planeta é muito semelhante a perfeição, a terra há de arranjar maneira de sacudir um pouco a praga que é o ser humano... Estou a alongar o assunto, isto era suposto já estar em outro post planeado.

De referir que existe mais tipos de vegetarianos, em que este pensamento não se aplica, ha pessoas que o fazem por uma vida mais saudável, por dieta, ou qualquer outra razão. Fugimos da perfeição mas a mesma não consegue fugir de nós.           

8 comentários:

Espaço do João disse...

Meu caro.
Possívelmente não possua a cultura suficiente para comentar este texto.
No entanto vou tentar intronozar-me nele.
O ser humano desde que apareceu na terra , não sei como, nem tãopouco vou perguntar-lhe, teve necessidade de se alimentar. Certo?
Pois bem, provou e começou a comer aquilo que entendia que o satisfazia . Comeu vegetais , bebeu água e, comeu animais que encontrou.
Possívelmente se esqueceu que também era um animal.
Até aqui, tudo me parece bem. Agora vem o busílis da questão; a população reproduziu-se, ele expandiu-se, teve necessidade de maior quantidade de alimentos e, vai daí reproduzir mais e mais quantidade.
O que eu não percebo, é porque necessidade ele se virou para os pesticidas a fim de obter mais quantidade. Abdicou da qualidade? Então porque se tenta envenenar em vez de perservar a saúde? Eu não relaciono o ser vegetariano com o uso dos pesticidas. Abomino a prática de pesticidas, visto saber os seus inconvenientes. Não sou vegetariano, sou um comum dos mortais mas, tento por todos os meios perservar a natureza, conhecendo os malefícios que os pesticidas provocam. Este tema é muito interessante e, dava para uma tertúlia, o que neste caso está fora de questão.
Grato pela passagem em meu espaço e pelo comentário lá deixado. Volte sempre, será bem recebido. Um abraço de amizade, sem pesticidas.

crotalus disse...

A minha compreensão de pesticidas não é muito ampla... Mas já tentei reflectir sobre o assunto. Bem a sensação que tenho e também por ter alguma proximidade do campo e cultivo (não se preocupe, sem pesticidas nenhuns). Cheguei a conclusão que o uso provem de 3 aspectos pelo menos, 1º- alguns cultivos são feitos entre-calados com outros a fim de uma espécie proteger a outra, ou antever alguma doença, nesta ausência de técnica usada geralmente em pequenos cultivos, temos os pesticidas. 2- a questão de produzir cultivo que não pertence aquela zona geográfica, por isso o solo não é adequado nem o clima, induz uso de pesticidas. 3- a massificação e a preocupação de produzir frutos grandes e bonitos (ps: com muito menos sabor, mas os olhos são os primeiros a comer), para isso uso de pesticidas.... Há uma frase dita por muitas pessoas de idade na minha zona,
- O melhor fruto é aquele que tem bicho, o bicho só pega na melhor fruta, e é essa que eles comem primeiro.

Jeune Dame de Jazz disse...

Olá, Crolatus,
Um dia ocorreu-me perguntar a um professor de filosofia antiga o que diria a um "vegetariano. E vou partilhar consigo, porque nunca me esqueci do seu olhar irado enquanto me dizia: "COMAM PEDRAS"…

Jeune Dame de Jazz disse...

P.S. O os solos são contaminados a priori...

crotalus disse...

os solos contaminados não são o maior problema, o problema é deixarem de conseguir purificar e filtrar a agua, e isso ir matar espécies animais e vegetais.

Espaço do João disse...

Meu caro.
Grato pelo seu comentátio.
Eu também sou daqueles que quando encontro fruta com bicho, retiro o bicho e, como o resto. Antes assim, pois pelo menos tenho a certeza que essa fruta não, ou levou pouco pesticida.
Grato pela exemplificação.
Um abraço e,volte sempre.

Bartolomeu disse...

Caríssimos amigos, em minha opinião, pesticidas... são drogas.

Como tal, causam dependência e em seguida, destroem.
Mas... mesmo nunca tendo consumido drogas (excepto alguns

medicamentos e mesmo esses, o mínimo possível) sei que as ditas,

são apresentadas revestidas de uma aura de virtude. O mesmo se

passa com os pesticidas, que são aconselhados aos agricultores,

prometendo-lhes colheitas mais abundantes e com melhor aspecto.

Do mesmo modo que a droga promete aos seus consumidores, um

conjunto de vantagens que o faz julgar-se um super-homem, imune a

qualquer tragédia mundana.
Mas, tanto num caso como no outro, reconhece-se com facilidade

a ingenuidade dos consumidores. No caso do agricultor, é-lhe

garantido por técnicos e engenheiros bio-químicos que o produto

químico aconselhado, desde que usado nas doses certas, não

produzirá efeitos nefastos tanto para os humanos como para os

animais, as plantas, ou o ambiente. O mesmo se passa com o consumidor de drogas a quem só são apontadas vantagens, por alguém que se faz passar por amigo e até protector.
A realidade descobre-se depois, e é muito diferente daquela que havia sido prometida.
No entanto e nos dois casos também, sucede que tanto alguns consumidores de drogas, como alguns utilizadores de pesticidas, ao aperceberem-se do logro em que inadvertidamente caíram, procuram livrar-se desses flagêlos e de os substituír por processos alternativos.
Conseguindo alguns, atingir esses objectivos com sucesso.

Espaço do João disse...

Uma causa leza pátrias é ver que muitos pesticidas podem ser vendidos por individuos que, nada sabem do que estão a vender. Repare que até em grandes superfícies se vendem pesticidas e, os mesmos não são vendidos por pessoal especializado.